segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A importância do Ensemble em Teatro Musical !!!

Olá, meus amores!
Quero, hoje, deixar aqui algumas reflexões e considerações à respeito da importância do ensemble em teatro musical, tendo como base de reflexão o texto do nosso querido Gerson Steves.
Uma visão mais contemporânea de ensemble seria  "o tipo de atuação em que um elenco funciona como uma equipe" ( definição de Jonnie Patricia Blake). Isso já definiria tudo ou muita coisa, mas, ainda tem gente que enxerga o ensemble como algo menor ou de menor importância. 


Estaria essa visão atrelada ao comportamento egoico da era pós revolução industrial/Sociedade pós moderna consumista, ou, simplesmente ao fato do não entendimento artístico de uma obra/narrativa? Se fôssemos discorrer sobre esses conceitos, teríamos que gastar algumas horas, certamente,rs.
Penso que a função de aumentar o brilho, dimensão e amplitude da narrativa, cabem à este nem sempre valorizado ensemble, muito mais democrático e criativo, aliás, do que os corpos de baile dos ballets de repertório(e falo por ter feito vários deles, pra não dizer quase todos, antes de me tornar solista).
Pensando nessa linha de valor e importância do ensemble, atores, cantores e bailarinos trabalham para construírem uma gama de códigos, sejam eles vocais ou corporais, a fim de contribuírem com a eficácia de uma narrativa. São vários elementos à disposição dos criadores para contarem uma história, elementos estes que, supostamente, estão sendo ou já foram estudados à exaustão. 


Chamo de "criadores", aqui, nós artistas. Porque, por mais que me deem marcas e códigos para reproduzir , eu posso e devo emprestar à estes, a minha  partitura interpretativa, gestual e vocal, senão, em nada me sentiria diferente de um animal adestrado que obedece comandos.
Logo, todos os elementos de cena (até os inanimados, rs), se tornam peças fundamentais quando estamos de fato  a serviço da ARTE, no meu ponto de vista.
Trazendo mais para o universo da dança no teatro musical, cada gesto criado e ensaiado, sejam eles no formato solo, duo, trio ou conjunto, deve e precisa estar a favor da narrativa e, portanto, com IGUAL peso de responsabilidade.


Cada artista/criador pode e deve construir sua partitura gestual e corporal  a partir do entendimento profundo do texto, ainda que esteja dançando (e, por favor, interpretando) ao lado de mais cinquenta ou cem componentes.

À isto chamo, verdadeiramente, dramaturgia da dança, e não alienada execução de códigos corporais.

Por, Alexa Gomes 

Dança | CP MUSICAL

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