sexta-feira, 29 de maio de 2015

Entrevista: Lenita Portilho Furlan






Lenita Portilho Furlan é pianista, educadora musical e trabalha a mais de 20 anos como colabora para cantores profissionais e estudantes de canto.
A partir do mês de Maio de 2015, Lenita sera a nova pianista colaboradora do CP Musical. Estando atuando juntamente com os professores e alunos na construção do espetáculo do nosso Módulo 2

Fizemos com ela uma pequena entrevista, aonde ela nos conta como esse trabalho é importante para formação de novos cantores e nos fala um pouco sobre sua trajetória e sobre o trabalho que realiza.



O que é um pianista acompanhador/correpetidor? Qual sua função?
O pianista acompanhador/correpetidor é o especialista em repertório para canto e piano. Toca com cantores, em aulas, ensaios ou apresentações, sejam solistas ou coralistas, abordando tanto obras escritas originalmente para piano e voz quanto reduções de orquestra ou coro para piano e solistas vocais. Na verdade, o termo acompanhador está caindo em desuso, atualmente, pois pode dar a ideia de que o trabalho do pianista é inferior ao do cantor. Esse termo está sendo substituído por colaborador que, segundo os defensores de seu uso, sou um destes, colocam o pianista no mesmo nível de importância do cantor durante o ato da execução musical. Como colaborador, a função desse pianista é a de dar a base para que os cantores executem seu papel de forma plena e segura, mostrando todo o seu potencial vocal sob o ponto de vista da técnica e da interpretação.

Desde quando desempenha essa função, de trabalhar com cantores?
A primeira vez que toquei profissionalmente com uma cantora foi quando tinha vinte anos de idade, em um casamento, mas, dez anos antes já havia iniciado minha experiência de tocar piano com cantores em um coral infantil não remunerado.

Por que optar por trabalhar com cantores? 
Pela grande admiração e curiosidade diante da riqueza do repertório e acima de tudo pela paixão por observar o desenvolvimento dos cantores ao longo dos repasses, aulas e ensaios. Resumindo: adoro tocar com cantores!

Qual a importância do trabalho conjunto, entre cantor e pianista acompanhador? 
Como disse anteriormente, defendo que o pianista deve ser um colaborador para que o cantor possa abrilhantar sua execução musical. Tenho sempre em mente que o pianista está para o cantor, como o mar está para o marinheiro: tanto pode derrubá-lo do barco quanto pode conduzi-lo a bom porto. Trabalho para conduzi-lo de não derrubá-lo. Quanto ao cantor, nos repasses, procuro orienta-lo a conhecer o movimento musical do piano e deixar fluir a voz conjuntamente àquele buscando a maior integração possível dos dois instrumentos.  Assim como o marinheiro deve conhecer e respeitar o mar, preparando-se para que a viagem seja bem sucedida, o cantor deve conhecer e respeitar a parte da música que cabe ao pianista e fazer sua parte, que é a cantada, soar em harmonia com a do piano. 

Na sua opinião, o trabalho integrado do professor de canto com o pianista correpetidor, afeta de que forma a aprendizagem do cantor? 
Afeta positivamente, pois, o aluno tem a oportunidade de desenvolver a integração musical com o piano, sob a supervisão de um profissional que já vivenciou essa experiência.

Como será para você fazer parte de um curso estável de teatro musical? 
Espero que seja uma experiência muito rica do ponto de vista do meu desenvolvimento como educadora musical, muito agradável do ponto de vista social e “muito, muito prazerosa e divertida”! Que eu possa continuar dizendo o que já digo há muito tempo: “Adoro tocar com cantores”!


Texto: Bruno Santos
Preparador Vocal CP Musical


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